Ilustração de útero com flores ao redor em fundo lilás, para artigo sobre síndrome de asherman

Síndrome de Asherman pode pausar sua menstruação. Entenda

26 de jun de 2024

Essa condição tem tratamento e não impede, necessariamente, uma futura gravidez.

Você já sabe da importância de fazer consultas regulares ao ginecologista, certo? Isso porque são muitas as condições relacionadas ao sistema reprodutivo feminino e algumas delas nós sequer sabemos da existência. Quer um exemplo? A síndrome de Asherman. Ela é uma doença que pode causar desde dor pélvica até a problemas de fertilidade. E é sobre isso que vamos falar agora!

 

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O que causa a síndrome de Asherman

  

A síndrome de Asherman é uma condição rara em que aderências intrauterinas se acumulam dentro do útero, fazendo com que sobre cada vez menos espaço no útero.

 

Normalmente, essa doença ocorre devido a traumas uterinos e, por isso, é mais comum em mulheres que passaram por vários procedimentos que envolvem a cavidade uterina, como curetagem, cirurgias ginecológicas, entre outros.

Síndrome de Asherman: sintomas e consequências

  

Essa síndrome de Asherman pode causar vários sintomas, como:

 

  • Ter períodos menstruais muito leves (hipomenorreia);

  • Ausência de menstruação (amenorreia);

  • Cólicas fortes;

  • Dor pélvica.

 

No entanto, há casos em que a condição não apresenta sintomas.

 

As principais complicações que a síndrome de Asherman pode causar são bastante sérias. Entre elas, dificuldade para engravidar e aborto espontâneo.

 

Outra possível consequência é a chamada placenta prévia durante a gravidez. Ela ocorre quando a placenta fica presa à parede do útero em uma posição muito baixa, bloqueando o colo do útero e a saída do bebê em um parto natural. Quando isso ocorre, a gravidez pode acontecer normalmente, só que o parto, mais comumente, acontece via cesárea.

 

Ilustração de mulher branca com cabelos castanhos e mãos sobre a barriga, com cólica, para artigo sobre síndrome de Asherman

Amenorreia e sua relação com a síndrome de Asherman

 

Um dos principais alertas que levam ao diagnóstico da síndrome de Asherman é a amenorreia, ou seja, a ausência de menstruação em mulheres férteis e que não estejam grávidas.

 

É considerada amenorreia a ausência de menstruação por, no mínimo, três ciclos menstruais ou seis meses seguidos. Para ter controle sobre essa frequência e regularidade da sua menstruação, é preciso acompanhar bem o ciclo. E, para isso, não tem nada melhor do que o calendário menstrual de Kira. Você já tem o seu? É gratuito, basta se cadastrar no site.


Como é feito o diagnóstico e o tratamento

  

Além dos sintomas que sinalizam a possibilidade de a paciente ter a síndrome de Asherman, o ginecologista deve examinar o histórico médico. 

 

Além dessa conversa que é super importante, inclusive para o especialista ter conhecimento se a paciente já passou por algum procedimento ginecológico anteriormente, o médico também deve fazer um exame físico

 

Outros procedimentos para um diagnóstico preciso são:

 

  • Histeroscopia: um exame que permite uma visão muito detalhada do interior do útero. Ele ainda pode ser usado no tratamento, removendo as aderências no útero.

  • Ultrassonografia com infusão de solução salina (uma mistura de sal e água): para criar uma imagem nítida do interior do útero. 

 

Tratamento

  

Existem várias maneiras de tratar a síndrome de Asherman e o ginecologista irá definir qual é o melhor tratamento para o seu perfil.

 

O tratamento busca remover o tecido cicatricial, ou seja, o tecido que foi alterado pela síndrome, e restaurar o tamanho e a forma originais do útero. Além disso, o tratamento pode ajudar a:

 

  • Aliviar a dor.

  • Normalizar o ciclo menstrual.


É possível engravidar após tratar a síndrome de Asherman?

  

Em muitos casos, sim, a paciente poderá engravidar após o tratamento para a síndrome de Asherman, ? Tratar de forma assertiva essa condição pode aumentar as chances de uma gravidez saudável. 

 

Por isso, o diagnóstico da síndrome de Asherman não é o fim do sonho de gerar uma vida. 

 

Nossa dica final é manter em dia as consultas ao ginecologista e não deixar de fazer todos os exames que foram recomendados, combinado?

 

Tati Barros

   

Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.


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