Síndrome de Asherman pode pausar sua menstruação. Entenda
Essa condição tem tratamento e não impede, necessariamente, uma futura gravidez.
Você já sabe da importância de fazer consultas regulares ao ginecologista, certo? Isso porque são muitas as condições relacionadas ao sistema reprodutivo feminino e algumas delas nós sequer sabemos da existência. Quer um exemplo? A síndrome de Asherman. Ela é uma doença que pode causar desde dor pélvica até a problemas de fertilidade. E é sobre isso que vamos falar agora!
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O que causa a síndrome de Asherman
A síndrome de Asherman é uma condição rara em que aderências intrauterinas se acumulam dentro do útero, fazendo com que sobre cada vez menos espaço no útero.
Normalmente, essa doença ocorre devido a traumas uterinos e, por isso, é mais comum em mulheres que passaram por vários procedimentos que envolvem a cavidade uterina, como curetagem, cirurgias ginecológicas, entre outros.
Síndrome de Asherman: sintomas e consequências
Essa síndrome de Asherman pode causar vários sintomas, como:
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Ter períodos menstruais muito leves (hipomenorreia);
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Ausência de menstruação (amenorreia);
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Cólicas fortes;
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Dor pélvica.
No entanto, há casos em que a condição não apresenta sintomas.
As principais complicações que a síndrome de Asherman pode causar são bastante sérias. Entre elas, dificuldade para engravidar e aborto espontâneo.
Outra possível consequência é a chamada placenta prévia durante a gravidez. Ela ocorre quando a placenta fica presa à parede do útero em uma posição muito baixa, bloqueando o colo do útero e a saída do bebê em um parto natural. Quando isso ocorre, a gravidez pode acontecer normalmente, só que o parto, mais comumente, acontece via cesárea.
Amenorreia e sua relação com a síndrome de Asherman
Um dos principais alertas que levam ao diagnóstico da síndrome de Asherman é a amenorreia, ou seja, a ausência de menstruação em mulheres férteis e que não estejam grávidas.
É considerada amenorreia a ausência de menstruação por, no mínimo, três ciclos menstruais ou seis meses seguidos. Para ter controle sobre essa frequência e regularidade da sua menstruação, é preciso acompanhar bem o ciclo. E, para isso, não tem nada melhor do que o calendário menstrual de Kira. Você já tem o seu? É gratuito, basta se cadastrar no site.
Como é feito o diagnóstico e o tratamento
Além dos sintomas que sinalizam a possibilidade de a paciente ter a síndrome de Asherman, o ginecologista deve examinar o histórico médico.
Além dessa conversa que é super importante, inclusive para o especialista ter conhecimento se a paciente já passou por algum procedimento ginecológico anteriormente, o médico também deve fazer um exame físico.
Outros procedimentos para um diagnóstico preciso são:
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Ultrassom transvaginal: para verificar se algum tecido está bloqueando a cavidade ou o colo do útero.
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Histeroscopia: um exame que permite uma visão muito detalhada do interior do útero. Ele ainda pode ser usado no tratamento, removendo as aderências no útero.
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Ultrassonografia com infusão de solução salina (uma mistura de sal e água): para criar uma imagem nítida do interior do útero.
Tratamento
Existem várias maneiras de tratar a síndrome de Asherman e o ginecologista irá definir qual é o melhor tratamento para o seu perfil.
O tratamento busca remover o tecido cicatricial, ou seja, o tecido que foi alterado pela síndrome, e restaurar o tamanho e a forma originais do útero. Além disso, o tratamento pode ajudar a:
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Aliviar a dor.
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Normalizar o ciclo menstrual.
É possível engravidar após tratar a síndrome de Asherman?
Em muitos casos, sim, a paciente poderá engravidar após o tratamento para a síndrome de Asherman, tá? Tratar de forma assertiva essa condição pode aumentar as chances de uma gravidez saudável.
Por isso, o diagnóstico da síndrome de Asherman não é o fim do sonho de gerar uma vida.
Nossa dica final é manter em dia as consultas ao ginecologista e não deixar de fazer todos os exames que foram recomendados, combinado?
Tati Barros
Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.
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6 de fev de 2023